Rotavírus – diarréia viral

Publicado por Noé de Toledo em

Rotavírus –  diarréia viral

 

O Rotavírus, muito conhecido por nós, é um vírus da família Reoviridae. São classificados, sorologicamente, em grupos, subgrupos e sorotipos. Conhecemos sete grupos, chamados: A, B, C, D, E, F e G. Desses, os grupos A, B e C são os que causam a doença ao homem. O mais infectante, responsável por mais de 90℅ dos casos no homem, é o grupo A. O grupo A é, também, predominante na natureza e pode infectar outros mamíferos e muitas aves.

 

Os Rotavírus são causadores do que chamamos enteroviroses – infecções virais do trato digestivo -, que vão de quadros assintomáticos a fatais. Podem infectar qualquer pessoa, de qualquer idade. Mas crianças entre 3 e 35 meses de idade e idosos são mais vulneráveis à forma sintomática, assim como às complicações.

 

O reservatório do vírus costuma ser o trato gastrointestinal, inclusive nos animais infectados. Embora incomum, pode haver a transmissão do animal para o homem. Na maioria dos casos somos os responsáveis pelo ciclo todo. Nos indivíduos infectados há um grande número de vírus nas fezes, responsáveis por sua disseminação. Então, por ser uma doença de transmissão fecal-oral, pode ocorrer no consumo de água contaminada, alimentos, contato pessoal ou através de objetos contaminados. É possível, também, ocorrer a transmissão por gotículas de secreção – quando tossimos, espirramos ou falamos – oriundas do trato respiratório.

 

Acredita-se que até os 5 anos de idade todas as crianças já terão tido, pelo menos, um episódio de infecção pelo Rotavírus e que uma em cada 300 crianças morrerá de complicações.

 

Após a contaminação, os sintomas têm início entre 1 a 4 dias. A partir do segundo dia, a pessoa já começa a eliminar o vírus pelas fezes e continua eliminando-os até 10 dias após o fim dos sintomas.

 

A infecção pode ser: subclínica – não apresenta sintomas -; leve – diarréia aguda aquosa, náuseas, dor no corpo, febre baixa, eventualmente apresenta corisa e tosse, durando entre 5 a 7 dias -; moderada – igual ao quadro anterior, mas com febre alta e maior intensidade da diarréia e vômito, durando mais de 7 dias -; e grave – pode levar à morte. Com sintomas muito acentuados, grande desidratação e prostração.

 

Como temos mais de uma espécie viral, podemos nos infectar mais de uma vez.

 

Não há tratamento específico, apenas sintomático, devendo a pessoa infectada manter a hidratação adequada. Em casos de muito vômito e diarréia, a hidratação deverá ser feita em hospital, por via endovenosa.

 

A prevenção pode ser feita de seguinte maneira:

  • Vacina, usualmente a monovalente (adotada pelo ministério da saúde), dividida em duas doses – a primeira dose para crianças de 2 meses até 3 meses e 15 dias e a segunda dose para crianças de 4 meses até 7 meses e 29 dias. Há, também a vacina pentavalente – encontrada apenas na rede privada de saúde, deve ser aplicada em três doses – a primeira para crianças de 2 meses, a segunda dose para crianças de 4 meses e a terceira dose para crianças de 6 meses, sempre respeitando o intervalo mínimo de 2 meses entre cada dose.
  • Ter saneamento básico;
  • Lavar as mãos com frequência, especialmente quando evacuar ou cuidar das fezes das crianças, quando usar banheiros públicos, quando for se alimentar e quando for preparar alimentos;
  • Manter higiene dos utensílios domésticos;
  • Utilizar apenas água potável;
  • Evitar trânsito de insetos e de animais de estimação pela cozinha.
  • Muito importante: procurar imediatamente um médico caso suspeite estar infectado.

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