A placenta humana
Sobre a placenta humana
A gravidez é um grande milagre da vida. É tão extraordinária que ainda não sabemos muita coisa sobre os mecanismos que desencadeiam as especificações celulares no feto, diferenciando as células do ovo em tecidos específicos de cada órgão do qual o nosso corpo é composto.
Após a fecundação, fenômeno em que ocorre a entrada do espermatozoide no óvulo, este começa, imediatamente, seu processo de desenvolvimento. A fecundação ocorre na trompa e, após sua conclusão, o ovo (também chamado de blastocisto) – nome dado ao óvulo fecundado – vai caminhado por ela em direção ao útero. O útero está preparado, pois sua mucosa interna, chamada endométrio, está espessa e bem irrigada com sangue, aguardando uma possível gravidez.
Esse espessamento do endométrio ocorre com a ovulação. Assim que o óvulo sai do ovário, sendo imediatamente recolhido pela trompa, deixa uma “cápsula” que produz progesterona, o hormônio responsável pelo espessamento periódico do endométrio.
Se não houver a fecundação, essa “cápsula” se exaure, parando de liberar a progesterona e, com isso, cessa o mecanismo que mantem o espessamento do endométrio e este se desprende do útero saindo na forma de menstruação.
Mas se ocorrer a fecundação, assim que o ovo se prender ao endométrio – processo chamado de nidação – passa a desenvolver sua placenta que assume o posto de produtor de progesterona, permanecendo assim até o nascimento do bebê.
A placenta é o órgão materno fetal, produzido no ponto de contato entre o ovo e o endométrio, servindo como uma “interface” entre a mãe e o concepto.
Geralmente, no final do terceiro trimestre, a placenta já está completamente desenvolvida, com cerca de 20 a 23 cm e com uma protuberância central de uns 2,5 cm.
A placenta, além de ser vital ao desenvolvimento fetal, tem muitas funções. Ela garante a sobrevivência do bebê e fornece o suporte nutricional necessário para seu desenvolvimento e crescimento; ela isola o bebê de infecções; é a responsável pelo suporte de oxigênio e pela remoção de substâncias metabólicas -excreções – do bebê; produz todos os hormônios vitais à gravidez e, também, estimula o corpo da mãe às mudanças metabólicas necessárias para suportar a gestação.
É da placenta que sai o cordão umbilical. O cordão umbilical é formado por três vasos sanguíneos, sendo dois responsáveis pelo transporte do gás carbônico e detritos fetais e um responsável pelo suporte de nutrientes e oxigênio, oriundos da mãe.
No final da trigésima quarta semana ela começa a perder sua eficácia e perto da quadragésima semana inicia um processo de deterioração. Na última fase do parto, ela é expulsa do útero, num processo chamado de dequitação. Fim da gestação e início de uma nova vida.
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