Tosse Comprida ou Coqueluche

Publicado por Noé de Toledo em

Tosse comprida (Coqueluche)

       A coqueluche, ou tosse comprida, é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório inferior. É causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis, que é cosmopolita, isto é, existe no mundo todo. É altamente contagiosa e pode acontecer em qualquer época do ano.

       A coqueluche ocorre de forma endêmica (acontece em uma região ou espaço limitado) e epidêmica (acontece em uma comunidade ou região maior, podendo, rapidamente, se espalhar para outros locais gerando surtos). Acomete pessoas de qualquer idade, embora a maioria dos casos ocorram na infância, em crianças menores de dois anos. Quando acomete crianças lactentes – crianças que ainda mamam –  e idosos, a coqueluche pode evoluir para quadros graves como pneumonias, complicações neurológicas e hemorrágicas.  A desidratação é frequente nesses pacientes. Alguns casos podem evoluir com a morte.

      O único reservatório dessa bactéria é o próprio homem.

   Contágio

      O contágio se dá por contato direto, ou através de gotículas de secreção eliminadas pela pessoa contaminada durante a tosse, o espirro e a fala. Após o contágio, haverá um período de incubação que dura, em média, 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias.

   Sintomas

       Os sintomas são específicos de cada um dos três estágios em que a doença se desenvolve:

  • Estágio catarral – fase inicial que pode durar entre 1 a 2 semanas. Iniciam-se as manifestações respiratórias, acompanhadas de: febre não muito alta, mal-estar físico, coriza, espirros, falta de apetite, lacrimejamento e tosse, principalmente à noite. Os sintomas lembram os de uma gripe comum. Esta é a fase mais infectante de todo o ciclo. A cada dia a tosse vai aumentando sua intensidade e frequência, até atingir o estágio seguinte.
  • Estágio paroxístico – fase que pode durar de 2 a 6 semanas. Aqui ocorrem surtos paroxísticos de tosse, que são episódios curtos e de início repentino, mas acontecem vários, um atrás do outro, não dando tempo para a pessoa respirar. Esse processo obriga a pessoa a puxar a respiração de modo muito profundo produzindo som semelhante ao guincho – som característico da tosse comprida. Esse esforço pode deixar a pessoa roxa e causar vômito.
  • Estágio de convalescença – na maioria das vezes se inicia a partir da quarta semana, e os sintomas vão regredindo lentamente até a cura. Mas a tosse pode persistir por meses em algumas pessoas.

    Prevenção

        A prevenção é feita com a vacina – para crianças até 7 anos de idade -, no mínimo em 3 doses, com a Pentavalente (DTP+Hib+Hepatite B) e mais 2 reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). Essa imunidade não é permanente. Em média de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode ser pouca ou inexistente.

Obs.: mesmo que a pessoa pegue a doença, após a cura, ela não ganha imunidade permanente.

   Tratamento

      Após o diagnóstico o tratamento é feito com antibióticos que hoje, felizmente, são muito eficazes.

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