Morte Cerebral

Publicado por Noé de Toledo em

Morte cerebral

O que é morte cerebral? É a incapacidade do cérebro de executar funções vitais, sem as quais a vida não pode ser mantida. Um exemplo é a respiração. Na morte cerebral a pessoa não consegue mais respirar por conta própria e, para que o corpo se mantenha vivo, há necessidade de aparelhos que façam esse trabalho.

O diagnóstico de morte cerebral é feito quando o paciente tem ausência total de reflexos e só pode se manter vivo através de aparelhos médicos. O teste dos reflexos deve ser feito por dois médicos – separadamente -, em dias diferentes, através de uma série de manobras capazes de evidenciar a falta desses reflexos que sempre estariam presentes num cérebro funcional. Além disso, são obrigatórios exames complementares. A temperatura do corpo, assim como a pressão arterial, devem estar estáveis, pois não variam em indivíduos com morte cerebral. Tudo isso evita erro diagnóstico. Considerando-se que
ninguém pode morrer duas vezes, o diagnóstico de morte cerebral tem o mesmo valor que o diagnóstico de morte cardíaca, pois ambos são definitivos.

A medula espinhal é a última estrutura neurológica a perder sua atividade. Por isso, indivíduos com morte cerebral confirmada podem apresentar movimentos musculares involuntários, como reflexos da medula espinhal. Chamamos esses movimentos de “lazaroides”.

Na Revolução Francesa, ocasião em que muitas pessoas foram decapitadas, se observou, com frequência, corpos sem cabeça ainda se movimentando.

Embora com morte cerebral, o corpo pode permanecer vivo por muito tempo, enquanto ligado a aparelhos. Geralmente a família decide esse tempo.

Para pessoas que optaram por doação de órgãos, essa é a fase adequada, pois
muitos órgãos permanecem viáveis. Já houve muita discussão a respeito do momento para se desligar os aparelhos que mantém a vida, inclusive um consenso para afastar a hipótese de eutanásia. O desligamento dos aparelhos, nesses casos, não é considerado eutanásia porque o paciente não tem qualquer chance de sobreviver.

A morte cerebral pode ter várias causas. As principais são: traumas cranianos, parada cardiorrespiratória e derrames – causam a anoxia cerebral, isto é, falta de oxigênio para o cérebro -, tumores cerebrais, intoxicações,
overdoses por drogas, hipoglicemia grave – baixa importante do açúcar no sangue -, entre outras.

É uma situação muito triste para a família, pois seu ente querido está morto,
mas seu corpo ainda apresenta a vida vegetativa mantida pelos aparelhos.

Imagem retirada de http://tuasaude.com


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