Eutanásia

Publicado por Noé de Toledo em

Pode o homem, em situações especiais de sofrimento e dor, decidir se deve ou não continuar vivendo?

Essa questão, extremamente polêmica, merece uma avaliação.

O termo eutanásia tem sua origem etimológica no grego, eu + thanatos, literalmente traduzido como “boa morte” ou “morte indolor”.

eutanásia pode ser definida como a ação de trazer a um paciente terminal – sem condições de recuperação – ou portador de uma doença incurável que lhe cause constante sofrimento, uma morte rápida, tranquila e indolor. Essa prática pode ser dividida em duas modalidades de ação: eutanásia ativa e eutanásia passiva, sendo esta última também chamada de ortotanásia. Eutanásia ativa é aquela em que há participação de terceiro que, intencionalmente, por meios artificiais, tira a vida do paciente. Eutanásia passiva ou ortotanásia, é aquela em que não se realizam procedimentos de ressuscitação ou ações cujo único fim sejam prolongar a vida, como usar medicamentos ou máquinas de suporte vital que, momentaneamente, evitam a morte sem consistirem, propriamente, em tratamento ou meio para se reduzir o sofrimento do paciente.

Muitos países têm leis sobre isso. No Brasil a eutanásia é considerada crime de homicídio.

Por ser um grande tabu, algumas vezes chamada de suicídio assistido, não temos, em nosso pais, muita literatura com esse tema.

Aqueles que defendem a “boa morte” – como é chamada a ortotanásia – não a consideram um ato suicida, pois defendem a morte com dignidade, isto é, acham que se deve permitir que doentes terminais, com doenças incuráveis e que desejem, conscientemente, terminar seu sofrimento, possam morrer dignamente, interrompendo o uso de medicações e evitando aparelhos que atuam como suporte de vida. Uma morte natural, como aquela de séculos atrás, quando ainda não existiam remédios e nem essa enorme parafernália tecnológica.

O assunto é muito mais antigo do que se pensa. Está presente na história humana há milênios.

A maioria dos debates sobre o assunto reúne membros de organizações religiosas, profissionais da saúde e aqueles que lutam pela sua legalização, defendendo o direito da escolha individualindependente de crença religiosa ou de conceitos morais, em que o doente possa, se desejar, evitar a dor desnecessária durante o curso letal de sua doença.

Em alguns países como a Holanda e a Bélgica, a eutanásia é um direito legal para enfermos terminais ou portadores de doenças incuráveis, que são causas de sofrimento físico e emocional, tanto para o doente quanto para seus familiares. Outros países permitem a eutanásia se o paciente fizer um requerimento legal solicitando que não se façam manobras de ressuscitação no caso de morte.

A eutanásia tem que ser um ato de vontade própria e individual do doente, expresso quando ainda em estado de plena consciência, deixando claro se deseja terminar seu sofrimento em vida ou continuar lutando.

Pense a respeito. Se fosse você, numa situação de doença terminal com grande sofrimento, sem esperança de cura, que destino escolheria? E se fosse alguém a quem você ama muito, nessas condições terminais, implorando para que se coloque um fim ao seu sofrimento – O que você acharia certo?

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